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Couraçado Yamato

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Mensagem por Admin Ter Fev 07, 2017 10:34 pm

O Yamato 大和 foi um navio couraçado operado pela Marinha Imperial Japonesa na Segunda Guerra Mundial e construído pelos estaleiros do Arsenal Naval de Kure. Foi a primeira embarcação da Classe Yamato, sendo junto com seu irmão Musashi os mais pesados e poderosos navios de guerra já construídos na história da humanidade.
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A quilha do Yamato foi batida nos estaleiros do Arsenal Naval de Kure, Kure, em 4 de novembro de 1937 dentro de uma doca seca que havia sido adaptada para especialmente acomodar seu casco enorme.A doca foi aprofundada em um metro e guindastes capazes de levantar 350 tonelada foram instalados. Sigilo extremo foi mantido durante toda construção, com até mesmo um dossel sendo erguido sobre parte da rampa de lançamento para bloquear a visão do navio.O Yamato foi lançado em 8 de agosto de 1940 com o capitão Miyazato Shutoku no comando. Grande esforços foram tomados no Japão para impedir que oficiais de inteligência norte-americanos descobrissem sobre sua existência e especificações

A bateria principal do Yamato consistia em nove canhões navais Tipo 94 de 460 mm calibre 45 – o maior calibre de artilharia naval já instalado em um navio de guerra na história, apesar dos projéteis não eram tão pesados quanto aqueles usados pelos canhões britânicos de 460 mm na Primeira Guerra Mundial. Cada canhão tinha 21,13 m de comprimento, pesava 147,3 t e era capaz de disparar balas explosivas ou anti-blindagem há 42 km de distância. Sua bateria secundária era formada por doze canhões de 155 mm montados em quatro torres triplas (uma na proa, uma na popa e duas a meia-nau) e doze canhões antiaéreos de 127 mm instalados em seis torres duplas (três em cada lado a meia-nau). Estas torres tinham sido retiradas dos cruzadores da Classe Mogami, que estavam sendo convertidos para possuir uma bateria principal de 203 mm. Além disso, o Yamato carregava 24 canhões automáticos antiaéreos de 25 mm montados principalmente a meia-nau.O navio passou por reformas em 1944 e 1945 para confrontos navais no Sul do Pacífico, com a configuração da bateria secundária sendo alterada para seis canhões de 155 mm, 24 canhões de 127 mm e 162 canhões automáticos de 25 mm.
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Status:

Operador: Marinha Imperial Japonesa
Fabricante : Arsenal Naval de Kure, Kure
Homônimo : Província de Yamato
Data de encomenda:março de 1937
Batimento de quilha: 4 de novembro de 1937
Lançamento: 8 de agosto de 1940
Comissionamento: 16 de dezembro de 1941
Estado: Naufragado
Fatalidade : Afundado em batalha no
dia 7 de abril de 1945

Ficha técnica:

Tipo de navio: Couraçado
Classe: Yamato
Deslocamento: 71 659 t
Maquinário: 12 caldeiras
4 turbinas a vapor.
Comprimento: 263 m
Boca: 38,9 m
Calado: 11 m
Propulsão: 4 hélices triplas
-150 000 hp (112 000 kW)
Velocidade: 27 nós (50 km/h)
Autonomia: 7 200 milhas náuticas a 16 nós
(13 300 km a 30 km/h)
Blindagem Cinturão: 410 mm
Conveses: 200 a 230 mm
Torres de artilharia: 250 a 650 mm
Barbetas: 380 a 560 mm
Anteparas: 300 a 340 mm
Armamento 1941:
9 canhões Tipo 94 de 460 mm
12 canhões Tipo 3º Ano de 155 mm
12 canhões antiaéreos Tipo 89 de 127 mm
24 canhões automáticos Tipo 96 de 25 mm
4 metralhadoras pesadas M1929 de 132 mm

1945:
9 canhões Tipo 94 de 460 mm
6 canhões Tipo 3º Ano de 155 mm
24 canhões antiaéreos Tipo 89 de 127 mm
162 canhões automáticos Tipo 96 de 25 mm
4 metralhadoras pesadas M1929 de 132 mm
Aeronaves 7 hidroaviões
(Nakajima E8N ou Nakajima E4N)
Tripulação 2500–2800.

"TEN GO"

Após a invasão de Okinawa, e temendo o possível e inevitável passo das tropas americanas que seria invadir o Japão o alto comando ordenou o Yamato à uma missão suicida; Operação Ten-Go ("Operação Céu Um") que reuniria grande parte das forças de superfície ainda restantes. O Yamato e nove escoltas (o cruzador leve Yahagi e oito contratorpedeiros) partiriam para Okinawa e, junto com unidades baseadas na própria ilha e unidades kamikaze, atacariam as forças aliadas reunidas ali perto. O Yamato em seguida seria encalhado em uma praia a fim de atuar como uma plataforma de canhões inafundável e continuaria a lutar até ser destruído. O couraçado recebeu um estoque total de munição em 29 de março como preparação para a operação.Os navios originalmente carregariam combustível suficiente apenas para a viagem de ida até Okinawa, porém os comandantes locais da base ordenaram suprimentos adicionais de até sessenta por cento das capacidades dos tanques. As embarcações foram chamadas de "Força de Ataque Especial de Superfície" e deixaram Tokuyama às 15h20min do dia 6 de abril.

Foto dos oficiais presente na operação.
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O fim do Super-encouraçado.
Ao amanhecer de 7 de abril, a tripulação do Yamato estava em postos de combate e preparada para ações antiaéreas. O primeiro navio norte-americano fez contado com a Força de Ataque Especial de Superfície às 8h23min; dois hidroaviões chegaram pouco depois e, pelas cinco horas seguintes, o couraçado disparou contra os aviões, porém não conseguiu impedir que eles seguissem a força tarefa. O radar do Yamato detectou aeronaves pela primeira vez às 10h00min; caças American F6F Hellcat apareceram uma hora depois para lidar com quaisquer aviões japoneses que pudessem também entrar em combate, porém nenhum veio
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Por volta das 12h30min, 280 aviões bombardeiros e torpedeiros chegaram sobre a força japonesa. O contratorpedeiro Asashimo, que mais cedo tinha saído da formação por problemas no seus motores, foi atacado e afundado por um destacamento de aeronaves do porta-aviões USS San Jacinto. A Força de Ataque Especial de Superfície aumentou sua velocidade para 24 nós (44 km/h) e os contratorpedeiros foram colocados ao redor do Yamato como era a prática das manobras de defesa antiaérea japonesa. O primeiro avão mergulhou para o ataque às 12h37min. O Yahagi deu meia volta e foi embora com uma velocidade de 35 nós (65 km/h) em uma tentativa de atrair uma parte dos atacantes, porém apenas um número pequeno o seguiu. Durante quatro minutos o Yamato não foi atingido, porém duas bombas obliteraram duas de suas armas 25 mm e abriram um buraco no convés às 12h41min. Uma terceira bomba destruiu sua sala de radar e a torre de 127 mm de estibordo. Outras duas bombas acertaram às 12h46min o lado bombordo, uma pouco à frente da torre central de 155 mm e a oura no topo do canhão. Elas causaram grandes danos às torres e reservas de munição, com apenas um homem tendo sobrevivido. Um torpedo acertou o couraçado na extremidade de seu lado bombordo às 12h45min, enviando grandes ondas de choque por todo o navio. Não se sabem detalhes já que muitos dos sobreviventes mais tarde morreram pelas metralhadoras dos aviões ou ficaram presos dentro do casco, porém Garzke e Dulin dizem que ocorreram poucos danos. Pouco depois, até três torpedos atingiram o Yamato. Dois impactos são confirmados no lado bombordo perto da sala de máquinas e em uma da sala das caldeiras; o terceiro é incerto más é considerado por Garzke e Dulin como provável porque explicaria os relatos de alegamentos na sala de direção auxiliar. O ataque se encerrou às 12h47min, deixando a embarcação com um adernamento de 5° a 6° para bombordo; medidas de contra-alagamento, deliberadamente inundar compartimentos no lado oposto, reduziram o adernamento em 1°. Uma sala das caldeiras foi desabilitada, reduzindo levemente a velocidade total do Yamato, e metralhadas dos aviões incapacitaram muitos membros da tripulação que manejava as armas antiaéreas de 25 mm desprotegidas, acabando com muitas de suas defesas

O segundo ataque começou pouco antes das 13h00min. Os bombardeiros voaram alto para começar suas ações enquanto os torpedeiros aproximaram-se de todas as direções no nível do mar. As armas antiaéreas foram bem menos efetivas devido a quantidade de alvos, com os japoneses tentando medidas desesperadas para sair do ataque. Os canhões principais do Yamato foram carregados com projéteis armados para explodirem apenas um segundo depois do disparo, apenas um quilômetro de distância do navio, porém isso teve poucos efeitos. Três ou quatro torpedos acertaram o couraçado no lado bombordo e um no estibordo. Três impactos próximos a bombordo são confirmados: um atingiu uma sala de bombeiros, um acertou outra sala de bombeiros e o terceiro impactou no casco adjacente a sala de máquinas previamente danificada, aumentando a quantidade de água que já estava entrando e possivelmente causando a inundação de compartimentos próximos. O quarto torpedo não confirmado talvez tenha acertado mais para popa de onde o terceiro atingiu; Garzke e Dulin acreditam que isso explicaria a inundação relatada nessa área. O ataque deixou o Yamato em situação crítica, adernando de 15° a 18° para bombordo. Contra-alagamentos no lado estibordo reduziram a inclinação para 10°, porém maiores correções necessitariam de reparos ou inundações das salas de máquinas e bombeiros a estibordo. Apesar de neste momento não existir risco do navio afundar, o adernamento fez com que a bateria principal ficasse inutilizável e sua velocidade máxima foi reduzida para 18 nós (33 km/h).
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O terceiro e pior ataque se iniciou às 13h40min. Pelo menos quatro bombas acertaram a superestrutura do Yamato e causaram um alto número de mortes entre a tripulação de suas armas de 25 mm. Muitos quase acertos afetaram seu casco, parcialmente comprometendo suas defesas contra torpedos. Mais sérios foram os impactos de quatro torpedos. Três explodiram no lado bombordo, aumentando a entrada de água na sala de máquinas e inundando mais uma sala de bombeiros e a sala dos equipamentos de direção. Com a sala de direção auxiliar já debaixo d'água, o navio perdeu toda a manobrabilidade e ficou preso em uma virada para estibordo. O quaro torpedo provavelmente acertou a sala de máquinas de estibordo que, além de outras três salas, estavam em processo de contra-alagamentos a fim de reduzir o adernamento. O impacto aumentou muito mais a entrada de água e prendeu muitos tripulantes antes que pudessem escapar

Foi emitida às 14h02min a tardia ordem para abandonar o navio. Nesse momento a velocidade do Yamato tinha sido reduzida para 10 nós (19 km/h) e sua inclinação estava aumentando cada vez mais. Incêndios corriam sem controle em algumas seções da embarcação e alarmes começaram a tocar na ponte de comando avisando sobre temperaturas críticas nos depósitos dianteiros de munição das baterias principais. A prática normal seria inundar os depósitos, impedindo qualquer explosão, porém as estações de bombeamento que normalmente realizariam essa tarefa já tinham sido incapacitadas por inundações anteriores.
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O Yamato afundou às 14h05min depois de ser atingido por doze bombas e sete torpedos. Ao mesmo tempo, um último voo de torpedeiros atacou o Yamato vindos de seu lado estibordo. Seu adernamento era tal que os torpedos, que navegavam à 6,1 metros de profundidade, atingiram o fundo do seu casco. O couraçado continuou sua virada para bombordo. A eletricidade acabou às 14h20min e suas últimas armas de 25 mm começaram a cair no mar. O Yamato emborcou três minutos depois. Suas baterias de 460 mm escorregaram e a sucção criada pela virada do navio puxou náufragos de volta para a embarcação. Quando a virada chegou em aproximadamente 120°, um dos depósitos de munição da proa denotou em uma enorme explosão. A resultante nuvem de cogumelo tinha mais de seis quilômetros de altura e podia ser vista 160 quilômetros de distância em Kyūshū. O Yamato afundou rapidamente, perdendo estimados 3055 tripulantes de um total de 3332, incluindo o comandante de frota o vice-almirante Seiichi Itō. Os poucos sobreviventes foram resgatados pelos quatro contratorpedeiros restantes, que imediatamente fugiram de volta para o Japão.
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Desde o primeiro ataque às 12h37min até sua explosão às 14h23min, o Yamato foi atingido por pelo menos onze torpedos e seis bombas.

Hoje é possível encontrar uma réplica do Yamato no Museu do YAMATO na cidade de KURE , onde se tem um modelo em escala 1/10 com mais de 26 metros de comprimento.
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Texto de Diego Natanael.
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